Contracultura é um movimento que tem um estilo de mobilização e contestação social que
utiliza novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos,
voltando-se mais para o antissocial aos olhos das famílias mais
conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura
alternativa, cultura marginal ou uma cultura underground, focada
principalmente nas transformações da consciência, do comportamento e dos
valores, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o
indivíduo e pequenas realidades do cotidiano, através da tomada de consciência,
da mudança de atitude e do protesto político.
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O Festival
de Woodstock foi um
marco da Contracultura
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A contracultura pode ser definida como um
ideário alterador que questiona valores centrais vigentes e instituídos no modo cultural do ocidente. Justamente por causa disso, são pessoas que costumam se
excluir socialmente e algumas que se negam a se adaptarem às visões aceitas
pelo mundo. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação, a difusão de
normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras
tradicionais e locais – como a religiosa e a familiar -, ganhando uma dimensão
mais universal e aproximando os jovens de
todo o globo, de uma maior integração cultural e humana.
Na verdade, como ideário, muitos consideram a doutrina existencial de Sartre como o marco inicial da contracultura, já na década de 1940, com seu engajamento político, defesa da liberdade, seu pessimismo pós-guerra, etc. Pois, para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo.
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Sartre |
A contracultura é esta ruptura ideológica do establishment, que modificou inexoravelmente o modo de vida ocidental, seja na esfera social, com a gênese do Movimento pelos Direitos Civis; no âmbito musical, com o surgimento de gêneros musicais e organização de festivais; e na área política, como os infindos protestos desencadeados pela beligerância ianque.
O skate é o símbolo desse movimento que surgiu na década de 70, onde se vivia em comunidade e se tinha um princípio de irmandade coletiva. Quando se coloca um carrinho nos pés, se vive um estilo de vida que se estende para o nosso cotidiano. Estamos no meio, mas somos de uma cultura fora da que se prega pela mídia e pelas forças manipuladoras do consumismo e da alienação política. Correndo entre as construções de concreto e no asfalto, o skatista se vê como um símbolo de resistência da autenticidade do que é ser, somente pelo fato de ser ele mesmo, e poder juntar-se à sua tribo, que m, mesmo local, global e histórica.
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Skate, ícone
da contracultura.
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O pensamento flui de forma rebelde e opositora aos ditames dessa conjuntura
hipócrita da sociedade capitalista e autoritária. A ruptura do sistema
convencional torna o skate um objeto marginalizado, pois seguindo ele, vem toda
uma estrutura undergroud (música, roupa, estilo, linguagem etc.). O skate expõe
aquilo que é autêntico e representa um movimento que já existe no mundo desde a
década de 40. É uma das representações mais dinâmicas da contracultura e do
estilo subversivo de nossa geração.
Skate or die.
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